DIVERSIDADE E REDES DE INTERAÇÃO DE LAGARTOS EM AMBIENTES COM INTERVENÇÃO HUMANA
Pesquisa Realizada por: Ana Carolina Brasileiro Melo
Ano: 2018
Linha: Conservação manejo e uso sustentável de fauna e flora
Bioma: Caatinga
Avaliar os fatores que afetam a distribuição, riqueza e abundância de espécies é um importante objetivo de estudo da ecologia. Segundo a teoria de nicho, a composição e persistência de espécies em uma comunidade é influenciada pela tolerância. Além da preferência por condições ambientais, disponibilidade de recursos e interações ecológicas.
Quando o ambiente é modificado, seja por ações naturais ou humanas, muitas mudanças nas condições locais e nas interconexões entre organismos tende a ocorrer. Compreender como a distribuição de espécies e os serviços ecossistêmicos são afetados pelas mudanças de origem antropogênica é um importante foco de estudo para avaliar a ação dos impactos na resiliência ambiental. Além disso, também é possível contribuir para a tomada de decisões voltadas à proteção do meio ambiente.
Durante muito tempo, a riqueza e abundância de espécies foram importantes métricas para a tomada de medidas relacionadas à conservação ambiental. Entretanto, se quisermos compreender de forma mais ampla o efeito do impacto das ações humanas, devemos levar em consideração, além destas métricas. Assim como as espécies estão organizadas (estrutura de rede), as funções que realizam (diversidade funcional) e as interações entre estas. Com isso, é possível trazer um panorama mais amplo de como as mudanças antrópicas afetam o funcionamento do ambiente. Perturbações antrópicas causam mudanças no ambiente que implicam diretamente na diversidade e distribuição de espécies.
Vertebrados ectotérmicos podem ser fortemente afetados por tais mudanças, deste modo, são considerados bons bioindicadores ambientais. Neste trabalho buscamos avaliar como a diversidade funcional, as interações tróficas e padrões de parasitismo na assembleia de lagartos (Squamata: Lacertilia) são afetadas por mudanças antropogênicas no uso do solo. Dessa forma, contemplando estes diferentes eixos, buscamos compreender de forma mais ampla como as mudanças antrópicas afetam o funcionamento e a resiliência do ambiente.
Biografia:
Graduada em Ciências Biológica, bacharelado, pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), mestre e doutoranda em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atuou durante a graduação como bolsista nos projetos de Iniciação Científica: O conhecimento etnoentomológico no semiárido norte cearense (2013-2014) e Levantamento e Sazonalidade de Aves do Parque Ecológico da Lagoa da Fazenda no Município de Sobral, Ceará (2014-2015). Foi Coordenadora discente do Núcleo de Estudos em Zoologia da UVA (NEZOO-2014). Participou de projetos de extensão voltados à Educação Ambiental. Possui interesse principalmente na área de Herpetologia.