A PRODUÇÃO DE GRÃOS E OS CONFLITOS COM A BIODIVERSIDADE EM MATO GROSSO
Pesquisa Realizada por: Hugo Cardoso de Moura Costa
Ano: 2018
Linha: Conservação manejo e uso sustentável de fauna e flora
Bioma: Amazônia
Em regiões com alto nível de fragmentação e perda de habitat nativo, muitos animais ficam isolados nos fragmentos remanescentes. Com isso, os ataques às lavouras são cada vez mais frequentes, pois a soja e o milho são mais atrativos para os herbívoros do que as espécies de plantas nativas.
Esses ataques reduzem o rendimento das plantações e ainda elevam os custos de produção com os investimentos em sistemas de proteção e horas extras de trabalho. No Brasil, a falta de suporte técnico adequado induz vários produtores a tomarem medidas extremas de controle por conta própria. Normalmente, as medidas são de alto custo, baixa efetividade e de consequências desconhecidas tanto para as populações das espécies nativas como para o ecossistema.
Neste contexto, o meu projeto busca por informações sobre os padrões sazonais e espaciais do uso das paisagens agrícolas pelo queixada (Tayssu pecari). Ele é um herbívoro de grande porte, ameaçado de extinção e um engenheiro do ecossistema. Além disso, pretendo estimar os custos, e o dimensionar conflito no estado de Mato Grosso. E, com isso, subsidiar medidas que minimizem o conflito e aumentem o suporte local para a conservação.
Biografia:
Natural de Uberlândia-MG, me formei biólogo e universidade federal da mesma cidade. Em 2012, me mudei para Belém-PA para fazer meu mestrado no Museu Paraense Emílio Goeldi estudando as respostas dos mamíferos e aves terrestres às alagações anuais das várzeas do rio Juruá no Amazonas. Atualmente sou doutorando em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Acredito que a conservação só é possível com a inclusão das pessoas.