ESPÉCIES VEGETAIS DE VALOR ECONÔMICO, DESMATAMENTO E MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA
Pesquisa Realizada por: Diego Oliveira Brandão
Ano: 2018
Linha: Conservação manejo e uso sustentável de fauna e flora
Bioma: Amazônia
Nível Acadêmico: Doutorado
Este projeto tem como objetivo avaliar os efeitos do desmatamento e das mudanças climáticas em algumas espécies vegetais da Amazônia. O projeto foi criado partindo do princípio que algumas espécies de plantas são utilizadas por comunidades tradicionais. Como também por produtores rurais e que as mudanças ambientais podem impactar a oferta de produtos florestais.
Para isso, identificamos os municípios com extrativismo, cultivo e produção de matéria prima de cinco espécies nativas da Amazônia: açaí, andiroba, castanha, cumaru e cupuaçu. Além disso, utilizamos dados de uso da terra para avaliar como o desmatamento pode causar efeito no aproveitamento econômico das espécies nos munícipios.
O estudo mostrou que 60% dos municípios da Amazônia brasileira estão inseridos nas cadeias de produção das espécies estudadas. Só que somente 10% possuem estruturas para produzir matéria prima como gorduras, óleos e polpa. As atividades acontecem principalmente nos municípios com maiores percentuais de floresta remanescente.
Os resultados indicam que as estratégias para promover o uso da biodiversidade foram pouco eficientes para estruturar cadeias de produção em municípios caracterizados por elevadas taxas de desmatamento. O legado que quero deixar com os estudos está associado ao encontro de formas de adaptação das cadeias produtivas dessas espécies, para que possam continuar a representar um ativo econômico importante para as populações Amazônicas.
Biografia:
Meu nome é Diego Oliveira Brandão. Acho que estudar os sistemas vivos e as mudanças ambientais é viver em um estado de consciência equivalente a sensação que procede de uma menção honrosa recebida por alguma realização importante. Sou bacharel e mestre em Ciências Biológicas e faço o doutoramento na Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2018-2022).