DESENVOLVIMENTO DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS NAS RESERVAS EXTRATIVISTAS MARINHAS
Pesquisa Realizada por: Guilherme Cândido de Campos Tebet
Ano: 2018
Linha: Gestão territorial para a proteção da biodiversidade
Bioma: Mata Atlântica
As Reservas Extrativistas (RESEX) são um tipo muito especial de Unidades de Conservação, pois elas têm o duplo objetivo de conservar a biodiversidade e garantir a manutenção dos modos de vida de populações tradicionais. Por conciliar o uso de recursos naturais por uma população tradicional com a conservação ambiental é considerada uma das principais políticas de desenvolvimento sustentável.
Surgidas na Amazônia na década de 80 esta política se espalhou pelo Brasil e hoje temos 3 Resex federais no sul e sudeste do Brasil, são elas: RESEX Pirajubaé em Santa Catarina, RESEX Mandira em São Paulo e RESEX Arraial do Cabo no Rio de Janeiro. As visitas de campo foram possíveis devido ao apoio do Programa Bolsas FUNBIO.
Todas elas em ambientes marinhos costeiros. Minha pesquisa tem por objetivo avaliar as potencialidades e limitações das Resex enquanto política de desenvolvimento nestes locais.
Também pretendo avaliar os impactos de outros projetos de desenvolvimento no entorno das Resex nos modos de vida e na dinâmica socioeconômica dessas populações. Os resultados poderão auxiliar na definição de futuras políticas e práticas que potencializa o desenvolvimento de populações tradicionais e garantam a proteção da biodiversidade.
Biografia:
Formado com honras ao mérito em Geografia pela UFSC. Mestre em Gestão Costeira Integrada pela UFPR. Atualmente, doutorando em Geografia pela UFSC. Desde 2014 diretor do Coletivo UC da Ilha, ONG que trabalha a partir de uma perspectiva socioambiental nas áreas protegidas da Ilha de Santa Catarina. Também sou conselheiro da Reservas Extrativista do Pirajubaé desde 2016. Tenho como interesse de trabalho e pesquisa a interrelação entre populações tradicionais e as áreas protegidas, em especial em ambientes costeiros.