RESPOSTAS BIOQUÍMICAS DE MONTRICHARDIA LINIFERA A CONCENTRAÇÕES DE ALUMÍNIO: INFERÊNCIA SOBRE RIACHOS AMAZÔNICOS EM ÁREAS DE MINERAÇÃO
Pesquisa Realizada por: Rayssa Silva do Carmo
Ano: 2022
Bioma: Amazônia
Nível Acadêmico: Doutorado
Atividades de mineração geram vários distúrbios ambientais com crescente degradação ecológica, com destaque para a extração de alumínio. Registros mostram que esse elemento ocorre em 91% do território Paraense, explicando a elevada exploração deste minério na região. Quando esse metal é disponibilizado no ambiente aquático, pode causar efeitos tóxicos para os organismos dependendo da sua concentração e biodisponibilidade em águas com o pH ácidos. Considerando que a região Amazônica possui corpos d’água naturalmente ácidos, buscamos avaliar as respostas bioquímicas da Montrichardia linifera em três concentrações de alumínio (0,5; 1,0 e 10), visto que esta espécie apresenta potencial de acumular altas concentrações de metais potencialmente tóxicos, tornando-se excelente alternativa para remediação de ambientes contaminados. Espera-se mostrar que M. linifera responde de forma fisiológica em ambientes com diferentes concentrações de alumínio, posteriormente sua utilização pode ser uma opção viável e econômica para os múltiplos efeitos dentro dos ambientes alterados por minérios, visto que a macrófita detém potencial para ser considerada como bioindicadora de ambientes contaminados. Entender as consequências de atividades de mineração sobre a capacidade da macrófita aquática em reter minerais e sobre os serviços ecossistêmicos desencadeia a necessidade de debate em torno das atividades de exploração mineral e integridade dos riachos.
Biografia:
Bacharel pela Faculdade de Biologia (2018-2021), na graduação foi coordenadora geral do Centro Acadêmico de Ciências Biológicas no período de 2020 - 2021 representando os discentes. Durante a graduação, atuou como bolsista nos projetos de Iniciação Científica.