PELLETS PLÁSTICOS NO AMBIENTE E SEUS EFEITOS PARA ORGANISMOS MARINHOS
Pesquisa Realizada por: Gabriel Izar Mendes
Ano: 2020
Linha: Conservação manejo e uso sustentável de fauna e flora
Bioma: Marinho Costeiro
Nível Acadêmico: Doutorado
Cerca de 400 milhões de toneladas de plásticos são produzidos por ano no mundo. Nos mares, 9 de cada 10 itens encontrados no lixo marinho são plásticos. Os microplásticos (diâmetro > 5 mm) estão presentes no começo e no final da cadeia de produção, como matéria-prima de forma arredondada (pellets) ou fragmentos de materiais plásticos maiores, respectivamente.
Os pellets acabam atingindo o ambiente por conta de perdas acidentais ao longo do processo industrial e transporte. As correntes oceânicas superficiais carregam estes pellets perdidos para praias de todo o mundo. A persistência destes materiais associados à capacidade dos pellets de adsorverem contaminantes químicos ao longo de sua trajetória é um possível risco ambiental.
Em laboratório, pellets se mostraram capazes de induzir toxicidade aguda e crônica para alguns organismos marinhos, em exposição direta sem ingestão. Nós temos como objetivo agora testar a toxicidade da exposição de pellets para organismos marinhos em experimentos de campo, e verificar possíveis efeitos ecológicos.
Além disso, também pretendemos monitorar o aporte de pellets em praias de Salvador, relacionando com variáveis meteorológicas, e tentando criar um modelo matemático que incorpore todas essas variáveis. E por fim, testaremos a capacidade dos pellet de serem utilizado como ferramenta de descontaminação química de corpos d’água.
Biografia:
Formado em Biologia Marinha e Gerenciamento Costeiro, sou um profundo admirador da natureza. Acredito na educação como ferramenta de mudança. Em minha trajetória, trabalhei com conservação nos Projetos TAMAR e Baleia Jubarte, com Educação Ambiental para Jovens Infratores na Fundação Casa, e com Oceanografia Biológica no CEBIMAR-USP. Especializei-me em Impacto Ambiental, pesquisando os efeitos ecotoxicológicos de plásticos para organismos marinhos. Atualmente sou doutorando da Universidade Federal da Bahia (CIENAM-UFBA) e sigo pesquisando os impactos de plásticos no ambiente marinho.