POTENCIAL DAS AGROFLORESTAS DE CACAU EM CONECTAR FUNCIONALMENTE REMANESCENTES FLORESTAIS DE MATA ATLÂNTICA

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POTENCIAL DAS AGROFLORESTAS DE CACAU EM CONECTAR FUNCIONALMENTE REMANESCENTES FLORESTAIS DE MATA ATLÂNTICA

Pesquisa Realizada por: Flávia Fernanda Weber de Souza

Ano: 2022

Bioma: Mata Atlântica


Nível Acadêmico: Doutorado

Os animais florestais têm enfrentado uma grande ameaça: as atividades humanas estão limitando seus movimentos, diminuindo e isolando suas casas, e assim, comprometendo a biodiversidade. A maior parte da Mata Atlântica foi desmatada e substituída por diversos usos da terra. Sabemos que alguns usos da terra permitem a movimentação animal entre os fragmentos florestais remanescentes, mas para a maioria isso é desconhecido. Este é o caso das agroflorestas de cacau, que tem sua maior concentração mundial na Mata Atlântica do Sul da Bahia. Nesse contexto, vamos investigar se, e como, estas agroflorestas de cacau permitem a movimentação animal por meio de paisagens contrastantes – por exemplo, com mais ou menos floresta. Com o trabalho, é esperado que as agroflorestas de cacau sejam mais relevantes para a movimentação animal quanto menos floresta houver nas paisagens da região. Para avaliar isto, a movimentação do quati (Nasua nasua), espécie carnívora que necessita de grandes áreas florestais para sobreviver, será acompanhada, a partir de coleiras-GPS. Com a análise da movimentação da espécie, serão testadas diferentes estratégias para conectar a Mata Atlântica do Sul da Bahia. Descobrindo a estratégia mais efetiva para cada paisagem presente na região, será informado o Ministério Público e demais tomadores de decisão para que esse conhecimento possa ser aplicado a favor da biodiversidade.

Biografia:

É bióloga formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestra em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Durante a graduação, foi de animais marinhos para terrestres, da zoologia para a ecologia, mas até hoje continua com o mesmo objetivo – mitigar as atividades humanas em prol da conservação da biodiversidade. Na graduação estudou passagens de fauna para reduzir atropelamentos de fauna. Durante o mestrado, se aventurou em Ecologia do Movimento para entender o efeito de pastagens sobre a conservação de um canídeo endêmico do Cerrado. Atualmente, no doutorado, une a Ecologia de Movimento com a Ecologia de Paisagem, de forma a entender a conectividade das paisagens florestais com diferentes graus de antropização a partir da movimentação de uma espécie modelo.

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