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Trilha inclusiva na Flona Araripe-Apodi é inaugurada com apoio do GEF Terrestre
Um projeto ambiental pode ir além da restauração ecológica e da conservação da biodiversidade. Na Floresta Nacional (Flona) Araripe-Apodi, localizada no Ceará, no bioma Caatinga, o GEF Terrestre destinou recursos para a implementação de um trecho da Trilha do Belmonte. O diferencial é que ela também é inclusiva e pode ser visitada por pessoas de todas as idades. A inauguração foi no dia 1º de junho, não sem motivo, esse mês é de reflexão sobre a importância da natureza para a humanidade, por conta do dia 5 ser celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente.
“Estamos com o apoio do GEF Terrestre transformando a Trilha do Belmonte em um espaço acessível para todas as pessoas, de todas as idades. O projeto foi muito importante para a execução dessa para a melhoria da visitação da unidade. E a gente pôde focar nas pessoas com deficiência”, diz Carlos Augusto Pinheiro, chefe do Núcleo de Gestão Integrada do Araripe, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) na região.
A Flona do Araripe-Apodi foi a primeira Floresta Nacional criada no Brasil, em 1946. E Carlos explica, que a nova trilha vai proporcionar uma experiência com a Caatinga para qualquer pessoa.
“A gente não está só focado na acessibilidade de um cadeirante. A trilha é para todos os tipos de Pessoas com Deficiência (PcD). Há placas sinalizadas em braille e com sinalização auditiva. Além de ter um app chamado Ecomaps, no qual o visitante vai poder fazer a leitura do QR Code que direcionará para outras informações do que se vê ao longo da trilha”, explica Carlos.
Do portal que inicia o trajeto até o Mirante do Belmonte são 152 metros. Do alto o visitante poderá ver parte do município do Crato e da região do Cariri, que reúne beleza naturais e que faz divisa com três estados, Piauí, Pernambuco e Paraíba.
“A trilha do Belmonte remete à criação da Flona. Mas esse trecho acessível que fizemos a obra é mais recente, tem 4 anos que foi aberto ao público. Estamos trabalhando para que a UC seja inclusiva, temos que pensar em todos os públicos, que vão desde a criança até o deficiente visual. É nessa pegada que a gente está motivado a melhorar essa trilha para dar esse caráter inclusivo para todos”, diz ele.