A restauração também é um desafio socioambiental nos manguezais, ecossistemas que desempenham um papel fundamental para a vida marinha e proteção do litoral, assim como para as populações humanas. Situados na costa brasileira, os manguezais sofreram com a destruição e degradação nos últimos cinco séculos de ocupação desde a colonização do Brasil. Em sua pesquisa de doutorado na Universidade Federal da Bahia (UFBA), o ecólogo Elielton da Silva Araújo, concentrou-se em como os bosques de mangue da Baía de Todos os Santos, na Bahia, respondem a essa degradação histórica. Além disso, o pesquisador, selecionado pelo programa Bolsas Funbio – Conservando o Futuro na edição de 2018, propôs um novo modelo de restauração ecológica que aumenta a robustez das mudas à variação de maré e acelera a recuperação destes ambientes tão cruciais. A restauração de manguezais também está no centro do edital de outro programa sob gestão do FUNBIO, o “Manguezais do Brasil”, do Floresta Viva, que tem como objetivo apoiar projetos que promovam a restauração ecológica em áreas de manguezal e restinga no país. O edital é resultado da junção de recursos do BNDES e da Petrobras, e disponibiliza até R$ 44,4 milhões que devem financiar até nove projetos de restauração.