No alto da Serra do Espinhaço, cadeia de montanhas que percorre os estados de Minas Gerais e Bahia, ocorrem formações vegetais chamadas de campos rupestres. Os campos rupestres se destacam pela sua grande biodiversidade, compreendendo cerca de 15% da flora vascular brasileira em menos de 1% do nosso território continental, bem como pelo alto grau de endemismos (quando a distribuição de um grupo taxonômico, por exemplo uma espécie, está restrita a uma determinada localidade).

As principais ameaças à biodiversidade dos campos rupestres incluem a urbanização acelerada, o extrativismo de espécies nativas, a agropecuária, queimadas e a mineração. Entre os vetores de degradação, a mineração destaca-se como uma das atividades com impactos ambientais mais severos, envolvendo profunda alteração da paisagem, modificação do relevo, supressão de vegetação e outros.

Nesse contexto, este trabalho tem o objetivo de realizar um levantamento florístico e fazer a detecção de espécies endêmicas, bem como analisar seu nível de ameaça segundo os critérios da IUCN, em afloramentos rochosos visados pela indústria mineradora nos campos rupestres da região de Diamantina – MG. Espera-se produzir e fornecer informações úteis aos processos de tomada de decisão dos órgãos ambientais, de forma a embasar políticas e ações que priorizem a adequada conservação do meio ambiente.

O projeto recebe o apoio do FUNBIO – Conservando o Futuro, em parceria com o Instituto Humanize, e do PAT Espinhaço Mineiro, no âmbito do programa Pró-Espécies, associados ao IEF-MG e à WWF-Brasil.