A distribuição da vegetação depende de fatores ambientais de grande escala como o clima. Em particular, para florestas e savanas tropicais, depende ainda de fatores ambientais de escalas mais finas. Como, por exemplo, o relevo, e de interações e processos internos entre tais fatores e a vegetação.

Como resultado, as características funcionais, como altura e densidade da madeira, são moldadas ao longo do tempo e determinam a maneira como a vegetação interage com o ambiente e quais respostas emergem desta interação. Elas podem auxiliar na compreensão das respostas das plantas a variações de chuva, como eventos extremos ou mudanças futuras.

Neste contexto, queremos entender como savanas e florestas tropicais respondem a variações nos regimes de chuva. Além disso, saber como as respostas podem ser explicadas pelas características funcionais da comunidade de plantas. Nossos resultados preliminares apontam para um maior acoplamento das respostas às variações de precipitação na savana do que na floresta.

Isso se justifica pela maior quantidade de características funcionais relacionadas à escassez hídrica nas savanas, os quais são potencialmente modulados pela maior amplitude anual de disponibilidade de água. A confirmação destes resultados demonstrará a maior capacidade de adaptação das formações savânicas frente a extremos e cenários de alteração nos regimes de chuva.

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