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Encontro destaca avanços e propostas para o fortalecimento da maricultura no Rio de Janeiro
Representantes de cada um dos sete subprojetos de Maricultura apoiados pelo Projeto Pesquisa Marinha e Pesqueira participaram ontem, dia 17/10, de um segundo encontro na sede do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). Dessa vez, o objetivo foi fazer um balanço dos últimos seis meses, trazendo para a mesa de discussão assuntos prioritários para a valorização da maricultura, atividade fundamental para o desenvolvimento social e econômico de diversas comunidades costeiras do estado do Rio de Janeiro.
Durante o encontro, Carlos Eduardo de Freitas, da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), ressaltou que o Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Fiperj e a Defesa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro possibilitará o fortalecimento do setor a partir da atuação do Programa Nacional de Moluscos Bivalves Seguros (MoluBis), que conta com parceria estratégica. Além disso, o desenvolvimento de produtos seguros para o consumo, prioriza a segurança do alimento e serviços que colaboram para o desenvolvimento da maricultura e melhoria da qualidade de vida de comunidades das Baixadas Litorâneas, na Baía da Guanabara e na Costa Verde.
“Vamos colaborar no cadastramento de produtores de organismos aquáticos perante a Defesa Agropecuária, auxiliar na criação de uma legislação estadual pelo Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E) para beneficiar a agroindústria de pequeno porte (Pescado). A parceria com a Defesa Agropecuária também facilita a criação de unidades de beneficiamento”, destacou Carlos.
O diretor técnico do Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande (IED-BIG), Renan Ribeiro, ressaltou, com entusiasmo, o potencial aumento de produção de sementes de vieiras em laboratório, que incrementa a distribuição, a cadeia produtiva e a economia local.
“Conseguimos a desova de mais de 80% de cerca de um milhão de sementes coletadas do mar e trazidas para o laboratório. Precisamos investir mais na ampliação das matrizes para aumentar a sobrevivência dos animais”, pontuou.
A expansão da comercialização de algas marinhas na região da Baía da Ilha Grande também foi destacada na colocação de Cristiane Zanella, responsável técnica da instituição Brigada Mirim Ecológica, que realiza atividades educativas e ambientais com jovens da região, incentivando a conservação da biodiversidade, cidadania e capacitação profissional.
Paulo Cordeiro e Murilo Marins, da organização Lagos em Ação, que realiza o Subprojeto Maricultura Cabista, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, frisaram que o suporte do FUNBIO foi fundamental para a expansão de fazendas marinhas e o planejamento de atividades de Turismo de Base Comunitária, estimulando a geração de emprego e renda na comunidade.
Na parte da tarde, o encontro abordou os desafios para um futuro mais promissor do setor, propondo a criação de uma rede colaborativa com as instituições presentes. O objetivo é discutir coletivamente os próximos passos para fortalecer a atividade, enfatizando postos-chave, como comercialização, produção de insumos e licenciamento.