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Em iniciativa inédita, COPAÍBAS apresenta primeiro roteiro metodológico para Plano de Proteção de Unidades de Conservação
O Parque Estadual Veredas do Peruaçu (MG) é uma Unidade de Conservação que não possui plano de ação ou documento que possibilite estratégias metodológicas de eixos de atuação como fiscalização, vigilância, sensibilização e monitoramento. Mas, isso não é uma exceção. Das 21 Unidades de Conservação apoiadas pelo Programa COPAÍBAS, 18 não possuem metodologias para aprimorar estratégias de acordo com as suas características de gestão e de localidade.
Para Laissa Viana, representante do O Parque Estadual Veredas do Peruaçu (MG), a criação de um inédito Roteiro Metodológico para elaboração do Plano de Proteção para Unidades de Conservação (UCs) será uma importante ferramenta para que os gestores possam sistematizar e organizar melhor as informações estratégicas e agir de forma mais eficaz no monitoramento e fiscalização das UCs. A oficina para orientação e elaboração de um documento, encomendado pelo Programa COPAÍBAS, foi apresentado, entre os dias 24 e 26 de junho, a 18 gestores de parques estaduais parceiros nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Maranhão, em oficina realizada no Parque Estadual Serra de Caldas Novas (GO).
O objetivo do Roteiro é ter um modelo padrão que seja um referencial para que os gestores comecem a fazer o seu planejamento em seus respectivos estados. “Essa iniciativa é extremamente inovadora. Não havia roteiro metodológico para a implantação do Plano de Proteção. É algo que não existe nem em nível federal, que conta com 340 UCs”, explica o consultor Marcos Pinheiro.
O Roteiro Metodológico estabelece um processo padronizado no trabalho de proteção e pode auxiliar o órgão gestor estadual a ter uma visão estratégica sobre cada Unidade a partir de um critério claro e palpável. É feito um diagnóstico amplo sobre a unidade, como o propósito de criação dela, os acessos, capacidade administrativa, infraestrutura e mapeamento dos crimes que são cometidos dentro ou no entorno das UCs e das ameaças aos recursos naturais. Após esse processo, são estabelecidas as estratégias para evitar danos às Unidades.
Thamiris Lopes Chaves, analista ambiental do Instituto Estadual de Floresta (IEF-MG), adiantou que 10 parques do estado devem entregar, até o fim de 2024, Planos de Proteção. “Além do ganho inerente para as UCs que vão elaborar o Plano, institucionalmente a gente avança também nos planejamentos específicos que compõem o portfólio que engloba o Plano de Manejo das unidades”, ressalta.
A oficina reuniu gestores e representantes do parques estaduais de Águas do Cuiabá (MT), Águas do Paraíso (GO), Araguaia (GO), Botumirim (MG), Caminho dos Gerais (MG), Grão Mogol (MG), Lagoa do Cajueiro (MG), Mirador (MA), Serra das Araras (MG), Serra do Cabral (MG), Serra Dourada (GO), Serra Nova e Talhado (MG), Terra Ronca (GO), Verde Grande (MG), Veredas do Peruaçu (MG), Veredas do Acari (MG) e Refúgio de Vidas Silvestre (REVIS) Corixão da Mata Azul (MT).