ABELHAS EUGLOSSINI (HYMENOPTERA: APIDAE) COMO INDICADORES ECOLÓGICOS DE ÁREAS EM RESTAURAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA
Pesquisa Realizada por: Lázaro da Silva Carneiro
Ano: 2022
Bioma: Mata Atlântica
Nível Acadêmico: Doutorado
Ações antrópicas são as principais causas da perda e fragmentação dos habitats. Essas alterações na paisagem e as mudanças climáticas têm afetado a biodiversidade em diversos ecossistemas terrestres. Por isso, a restauração ecológica é essencial para recuperação de ambientes degradados e conservação da biodiversidade.
Restaurar milhões de hectares é uma das metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, especialmente em áreas de alta biodiversidade, como a Mata Atlântica. A restauração dessa floresta tem sido dirigida por meio de duas técnicas. Enquanto na restauração ativa há um manejo nas diversas fases da restauração, na restauração passiva ou assistida há uma regeneração natural, com pouca ou nenhuma interferência antrópica. Na pesquisa, utiliza as abelhas da tribo Euglossini como indicadores ecológicos do efeito do tipo de restauração (ativa ou passiva) sobre a recuperação das comunidades dessas abelhas ao longo da Área de Proteção da Bacia do Rio São João/Mico-Leão-Dourado. Também buscará entender como a estrutura da paisagem ao redor das áreas de restauração influencia a restauração das comunidades dessas abelhas de orquídeas. Como esses organismos são polinizadores essenciais nos ambientes florestais, os dados obtidos em campo poderão indicar evidências para direcionar as estratégias de restauração na Mata Atlântica.
Biografia:
Biólogo pela UEFS, mestre e doutorando em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro- UENF. Desde a graduação, trabalha com comunidades de abelhas de orquídeas em ecossistemas de Caatinga e Mata Atlântica. Tem interesse no efeito de mudanças da paisagem sobre comunidades de abelhas, e como a interação de padrões e processos em paisagens modificadas podem contribuir para ações de conservação desses polinizadores.