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Nas trilhas da Guanabara
Foto: Voluntários/Instituto Onda Azul
Enquanto estuda os impactos das mudanças climáticas sobre as comunidades que vivem no entorno da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, o Instituto Onda Azul vai desenvolvendo junto à população local algumas estratégias para driblar este cenário. Apostando no turismo de base comunitária como uma das saídas, um mutirão de quase 30 pessoas e diversas instituições promete inaugurar nos próximos meses um roteiro de trilhas que percorre os manguezais de três unidades de conservação na região: a Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, a Estação Ecológica da Guanabara e o Parque Natural Municipal Barão de Mauá.
As atividades são lideradas pela iniciativa Guanamangue – por meio do Projeto de Apoio à Pesquisa Marinha e Pesqueira – e realizadas em parceria com o projeto Caminhos da Mata Atlântica. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), integrantes da rede Nós da Guanabara e as próprias comunidades locais também participam de todo o processo.
Na primeira etapa, entre os meses de abril e maio, a equipe fez o mapeamento e o cadastro de serviços locais de suporte à trilha, como restaurantes, hospedagens e atrativos turísticos. Já na segunda fase – prevista para os meses de julho e agosto – será o momento de implementar a sinalização da trilha, com placas informativas sobre o bioma, sobre a história e as comunidades que vivem ali.
“O fortalecimento do turismo de base comunitária é uma forma de adaptação às mudanças climáticas, que podem impactar as cadeias produtivas e a economia local”, explica Ricardo Farias, um dos coordenadores da iniciativa. Construindo estes novos caminhos junto às comunidades, a ideia é que a região aos poucos ganhe também olhares mais generosos sobre suas riquezas. “Existia um vácuo aqui no Rio, uma necessidade de incorporar algumas trilhas turísticas no entorno da Baía de Guanabara. Então acabamos possibilitando isso com o projeto”.