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Flutuadores de bambu são jogados ao mar para simular carcaças de golfinhos ameaçados
O Instituto Baleia Jubarte lançou nos dias 12 e 13 de março 54 flutuadores de bambu em diferentes pontos no mar de Barra Nova, pontal do Ipiranga e Regência, todos no Espírito Santo. O objetivo é simular a deriva de carcaças de toninhas, a espécie de golfinho mais ameaçada do Brasil.
Com essa iniciativa, o instituto pretende entender quantas carcaças à deriva chegam à costa e quantas se perdem no oceano. Dessa maneira, será possível realizar uma estimativa do número populacional mais perto do real.
Segundo o pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Eduardo Secchi, esses dados são cruciais para a conservação do animal. “A informação básica para estimar, para encontrar e magnitude desse problema é saber quantas há e quantas são removidas do ambiente por causas não naturais” afirma Secchi.
Nos próximos dias, a equipe do Instituto Baleia Jubarte, instituições parceiras e voluntários irão percorrer as praias em busca dos flutuadores que chegarem à costa do Espírito Santo. No caso de alguém encontrar algum desses flutuadores, deve entrar em contato com o instituto pelo telefone (73) 98802-1874, ou pelo site www.baleiajubarte.org.br.
Toninhas são encontradas apenas no Brasil (do Rio Grande do Sul ao Espírito Santo), na Argentina e no Uruguai. Estima-se que, hoje, restem menos de 20 mil animais no Brasil. A captura acidental em redes de pesca está entre as principais ameaças.
Essa iniciativa integra o Projeto Conservação da Toninha, que conta com recursos do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de responsabilidade da empresa Chevron, conduzido pelo Ministério Público Federal – MPF/RJ, com implementação do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO.