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Percentual de áreas marinhas protegidas no Brasil salta de 1,5% para 25%
Quatro novas unidades de conservação marinhas foram criadas nesta segunda-feira (19) pelo Governo Federal, o que fez o percentual de áreas marinhas protegidas no Brasil saltar dos atuais 1,5% para 25%. Os 92 milhões de hectares marinhos protegidos equivalem a quase duas vezes a área da Espanha. Duas novas UCs fazem parte do arquipélago de Trindade, na costa do Espirito Santo, e outras duas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, em Pernambuco. Com isso o Brasil superou a porcentagem determinada para a proteção de áreas costeiras e marinhas da meta 11 de Aichi, que prevê também a proteção de pelo menos 17 por cento de áreas terrestres e de águas continentais.
10 por cento de áreas marinhas e costeiras devem ser protegidas por todos as nações até 2020.
O projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF Mar), que tem o Funbio como gestor financeiro, apoiou estudos no arquipélago que subsidiaram a decisão.
O arquipélago é composto por uma cordilheira de montanhas de mais de mil quilômetros de extensão e cerca de 30 montes submarinos, que funcionam como verdadeiras ilhas para a biodiversidade marinha. São 270 espécies de peixes recifais registradas, 16 espécies de algas calcárias, a maior diversidade encontrada no mundo. Lá ainda ocorrem 28 espécies de esponjas-do-mar, cerca de 140 de moluscos, entre outras. O local é também o maior sítio reprodutivo no Brasil da ameaçada tartaruga verde, (Chelonia mydas): lá, são registrados até 6 mil ninhos por ano. No entorno do arquipélago circulam 17 espécies de tubarões e 12 de baleias, entre elas a jubarte (Megaptera novaeangliae) e a cachalote (Physeter macrocephalus).