FLORESTA VIVA

Restauração ecológica dos biomas brasileiros com recursos do Fundo Socioambiental do BNDES e de instituições apoiadoras

FUNDO DA AMAZÔNIA ORIENTAL

Iniciativa inovadora para uma economia sustentável e de baixo carbono

AMAZÔNIA VIVA

Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva fortalece organizações, negócios e a cadeias da sociobiodiversidade

PESQUISA MARINHA E PESQUEIRA

Conheça a iniciativa de apoio à Pesquisa Marinha e Pesqueira no Rio de Janeiro

ARPA

O maior programa de conservação de florestas tropicais do planeta

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Postado dia 8 janeiro 2025

ARPA entrevista: detalhes sobre os desafios e conquistas do programa que inspira conservação de florestas paraoutros países

Com uma trajetória de destaque, Adriana Moreira, atualmente atua como Chefe da Divisão de Parcerias do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e , que apoia os países em desenvolvimento na implementação de projetos e soluções para as preocupações globais em relação à proteção dos ecossistemas e à biodiversidade. Adriana também lidera iniciativas com o Programa Fonseca de Lideranças em Conservação (Fonseca Leadership Program), que oferece bolsas e apoia pesquisas de campo na área de conservação da biodiversidade, e o Programa Global para Vida Silvestre (Global Wildlife Program – GWP), que abrange projetos em 32 países. Seu trabalho em finanças de conservação, desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas a levou a liderar importantes projetos em países como Brasil, Colômbia, México e Peru durante mais de duas décadas no Banco Mundial. Entre suas maiores contribuições está a concepção e implementação do pioneiro Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA). Além disso, Adriana liderou o Programa de Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL), promovendo a gestão integrada da paisagem e a conservação em sete países da Bacia Amazônica. Reconhecida internacionalmente, recebeu prêmios como o Chico Mendes Florestania e o “Development Impact Honors” do Tesouro dos EUA, sendo uma das responsáveis por posicionar a Amazônia no centro das discussões globais de sustentabilidade. Em entrevista, Adriana compartilha detalhes sobre os desafios e conquistas do ARPA, destacando que o sucesso do programa está fundamentado em pilares sólidos. “O programa permanece de 2002 até hoje devido a três pilares fundamentais que o fortaleceram, uma visão de longo prazo com objetivos e metas claras; o arranjo institucional incluindo uma importante parceria público-privada, com apoio de doadores internacionais; e o enfoque em dois níveis governamentais (Federal e Estadual), . No início, enfrentamos dificuldades, mas, a partir de 2004, houve um grande impulso na criação de áreas protegidas, especialmente durante a primeira gestão da ministra Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente.” Durante esse período, o programa alcançou avanços expressivos, com quase 25 milhões de hectares de áreas protegidas criadas. Segundo Adriana, o apoio político foi essencial: “Foi essencial contar com apoio das esferas governamentais: federal, estadual e municipal, porque a criação dessas áreas exige uma articulação política sólida. As Organizações Não-Governamentais (ONGs), também têm papel fundamental para que o programa alcance as áreas de atuação desses organismos. Com essa rede de apoio, o ARPA acontece”, aponta Adriana. Um dos diferenciais do ARPA é o modelo de financiamento sustentável, que combina fundos públicos e privados. Adriana destacou a importância do Fundo de Transição, criado para garantir a sustentabilidade financeira das áreas protegidas até 2039. “O fundo de transição, um dos pilares de sustentabilidade financeira dessas áreas protegidas, foi um marco. Trabalhar na concepção desse fundo foi uma experiência única que trouxe muitos aprendizados, aplicados em vários outros países” O mecanismo financeiro foi estruturado em parceria com especialistas e instituições internacionais. “Tivemos o apoio de várias instituições e especialistas. Por exemplo, o modelo financeiro foi desenvolvido com a ajuda de profissionais do setor financeiro dos Estados Unidos. A equipe do Goldman Sachs, que também foi doadora do projeto, contribuiu significativamente para estruturar esse mecanismo.” O ARPA também inspirou iniciativas semelhantes em outros países, como Canadá, Costa Rica e Butão, através do modelo Project Finance for Permanence (PFP). “Criamos um modelo de custos e o que hoje chamamos de ‘PFP’. Esse modelo foi fundamental para o sucesso do programa. Ele permitiu estimar o tamanho do fundo necessário e planejar desembolsos de longo prazo.” Adriana reforça que a meta é que as áreas protegidas sejam autossustentáveis até 2039: “As áreas protegidas são um bem público da nação brasileira. O desenho do mecanismo de sustentabilidade financeira baseia-se no orçamento governamental aliado à diversificação de fontes de recursos locais, como turismo e atividades extrativistas, complementados pelas doações do Fundo de Transição, que está previsto para encerrar em 2039. Até lá, o objetivo é que essas áreas se tornem autossustentáveis, por isso o nome: “Fundo de Transição”, destaca Adriana. Com o avanço das mudanças climáticas e os alertas de desmatamento na Amazônia, programas como o ARPA se tornam ainda mais essenciais para a preservação do bioma e para a manutenção do equilíbrio ambiental global. Adriana acredita que o modelo pode servir como um exemplo replicável: “Hoje, há esforços internacionais, como o programa Enduring Earth, para replicar esse modelo em todos os continentes e regiões do planeta.” Uma mensagem aos gestores Em uma declaração direcionada aos gestores e comunidades das Unidades de Conservação (UCs) vinculadas ao ARPA, um importante reconhecimento foi feito àqueles que estão na linha de frente da preservação ambiental na região amazônica. "Quero me dirigir especialmente aos gestores e às comunidades das UCs do ARPA. Vocês são os verdadeiros heróis que, diariamente, traduzem a missão e a visão de conservação a longo prazo da imensa biodiversidade das florestas e águas amazônicas", destaca. Adriana também enfatiza a gratidão pela dedicação e perseverança dos envolvidos nesse programa, considerado um exemplo global na proteção de florestas tropicais. Além dos gestores locais, o agradecimento se estendeu aos profissionais do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e das secretarias estaduais de meio ambiente dos nove estados amazônicos. "Minha admiração vai para todos que trabalham incansavelmente para garantir o bom funcionamento do programa. O planeta agradece! Viva o ARPA!", conclui Adriana. Além de seu trabalho prático, Adriana Moreira tem uma carreira acadêmica sólida, com doutorado em Ecologia pela Universidade de Harvard, experiência como professora na Universidade de Brasília e pesquisadora no Woodwell Climate Research Center. Também é fundadora e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e integra conselhos consultivos de fundações e organizações privadas,  e a Rede de Mulheres Líderes Brasileiras pela Sustentabilidade.

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Postado dia 7 janeiro 2025

Floresta Viva: BNDES apoia reflorestamento da Caatinga em parceria com a Heineken

Cada parceiro deve contribuir com R$ 5 milhões para recuperar 340 hectares da Caatinga, no Ceará O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o primeiro fomento estruturado da iniciativa Floresta Viva para o restauro de regiões de Caatinga no Ceará, em parceria com o Grupo Heineken, no valor total de R$ 10 milhões. O projeto abrange 340 hectares localizados na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Aratanha e no Parque Estadual das Águas, que engloba os municípios de Itaitinga, Horizonte, Pacatuba, Pacajus, Guaiúba e Aquiraz, no estado do Ceará. O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) é parceiro gestor da iniciativa. O foco é a recarga hídrica dos cursos de água da região em torno dos açudes de Gavião, Riachão e Pacoti e no Rio Cocó, a partir da restauração de áreas florestais em mananciais. A iniciativa pretende fortalecer ainda o Corredor Ecológico do Rio Pacoti, que abrange as áreas de proteção ambiental das serras de Baturité e Aratanha, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de Chanceler Edson Queiroz, Terra Indígena Pitaguary e Terra Quilombola Alto Alegre – pontos que representam a principal fonte do sistema de abastecimento de água em toda a região metropolitana de Fortaleza. A proposta apoiará também viveiros para o incremento da estrutura e capacidade de produção das mudas nativas, além da construção de uma rede de organizações da sociedade civil, empresas privadas e órgãos públicos em prol da recuperação de áreas degradadas e da restauração. O objetivo é fortalecer a governança local na gestão dos recursos hídricos e implementar sistemas agroflorestais, que reforçam a geração de renda no local. A ação deve ainda favorecer a proteção e conservação de espécies ameaçadas e endêmicas no bioma, como o pau-d`arco-roxo (Handroanthus impetiginosus) e o gato-do-mato-pequeno (Leopardus emiliae). “Ao apoiar o restauro de regiões de caatinga no Ceará, o BNDES contribui para reforçar a segurança hídrica da região, uma das mais afetadas historicamente pelas secas no semiárido nordestino, preservar a biodiversidade do bioma e apoiar atividades sustentáveis que geram renda para as populações locais, em linha com o compromisso do governo Lula de combater a pobreza e as desigualdades sociais e regionais”, ponderou a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello. Como provedores dos recursos, o BNDES e o Grupo Heineken vão aportar R$ 5 milhões cada, a serem repassados pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), que, no papel de parceiro gestor, será responsável pelas liberações e pelo acompanhamento físico e financeiro. Desses R$ 10 milhões, R$ 8,5 milhões serão destinados a atividades executadas e geridas pela Fundação Avina, responsável pela estruturação do projeto em conjunto com o Grupo Heineken, que terá a parceria do Instituto Agir Ambiental na execução do plano. O restante será utilizado em atividades relacionadas à certificação de carbono, estudos, e eventuais contingências. O prazo é de até 48 meses, com possibilidade de prorrogação. “Essa iniciativa reflete nosso cuidado com a Caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro, rico em biodiversidade e cheio de potencial para preservar importantes serviços ambientais, como a oferta de água. Além disso, destaca-se por sua relevância cultural e pelo papel essencial na subsistência da região”, afirmou o coordenador de Sustentabilidade do Grupo Heineken, Breno Aguiar de Paula. “Na natureza tudo está conectado e a atuação da iniciativa Floresta Viva no Ceará trará benefícios diretos para a restauração da vegetação nativa da Caatinga e por consequência vai contribuir para segurança hídrica da região. Para o FUNBIO, uma gestão eficaz desse projeto contribui para conservar a Caatinga e melhorar a vida das pessoas que nela vivem”, ressaltou a secretária-geral do FUNBIO, Rosa Lemos de Sá. Floresta Viva – Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) das Nações Unidas, o Floresta Viva contribui para as metas globais de combate e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas ao apoiar projetos de restauração ecológica com espécies nativas em diferentes biomas. Com a meta de investir R$ 693 milhões ao longo de 7 anos, a iniciativa conta com 50% de recursos oriundos do Fundo Socioambiental do BNDES, e 50% oriundos de instituições apoiadoras. Espera-se atingir entre 25.000 e 35.000 hectares de área restaurada, com a retirada de 8 a 11 milhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera. Grupo Heineken – O Grupo Heineken chegou ao Brasil em maio de 2010, após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo Femsa e, em 2017, adquiriu a Brasil Kirin Holding S.A, tornando-se o segundo player no mercado brasileiro de cervejas. O grupo gera mais de 13 mil empregos e tem 14 unidades produtivas no país, sendo 12 cervejarias, duas microcervejarias e também já iniciou a obra da sua 15ª cervejaria em Passos (MG). No Brasil, o portfólio de bebidas do Grupo Heineken é composto por Heineken®, Eisenbahn, Eisenbahn Unfiltered, Sol, Baden Baden, Blue Moon, Lagunitas, Amstel, Amstel Ultra, Devassa, Devassa Tropicaê, Tiger, Bavaria, Glacial, Kaiser, No Grau, Schin e Amstel Vibes. O portfólio de não alcoólicos inclui Heineken® 0.0, Clash’d, FYS, Itubaína, Viva Schin, Skinka e Água Schin. Com sede em São Paulo, a companhia é uma subsidiária da Heineken NV, maior cervejaria da Europa. Saiba mais. FUNBIO – O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) é um mecanismo financeiro nacional privado, sem fins lucrativos. Ao longo dos 29 anos que celebra em 2025, a organização trabalha em parceria com os setores governamental, empresarial e com a sociedade civil para que recursos estratégicos e financeiros sejam destinados a iniciativas efetivas de conservação da biodiversidade em todos os biomas brasileiros. Foram mais de 500 projetos que beneficiaram número superior a 400 instituições em todo o Brasil, desde sua criação em 1996.

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Postado dia 2 janeiro 2025

A jornada de conservação do ARPA e os olhares para futuro

Na fase 3, iniciada em 2014, o ARPA alcançou mais uma superação de meta. Além de apoiar a consolidação de mais de 60 milhões de hectares, o programa expandiu a malha de Unidades de Conservação na região, viabilizando a criação de mais 6 milhões de hectares em novas UCs na Amazônia. Com um olhar atento para o aprimoramento contínuo, o programa marcou o período com auditorias, que avaliaram todos os nossos processos de execução, além da auditoria das UCs, capacitação de gestores, fortalecimento dos mecanismos de execução e o retorno da newsletter. Vamos relembrar juntos os principais destaques deste ano. Mais transparência As auditorias realizadas nas Unidades de Conservação adotaram um formato inovador, combinando visitas presenciais com reuniões virtuais em uma abordagem híbrida. Com equipes dedicadas, foram acompanhadas oito UCs, abrangendo desde a implementação de ações de conservação até a gestão dos recursos financeiros. No total, oito unidades foram auditadas em 2022, sendo quatro de forma presencial e quatro remotamente. As unidades analisadas foram: Parque Estadual Serra dos Martírios-Andorinhas, Estação Ecológica Maracá, Parque Estadual do Xingu, Reserva Extrativista Chico Mendes, Parque Nacional do Viruá, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, Estação Ecológica Alto Maués e Parque Estadual de Guajará-Mirim. Esse processo trouxe um olhar próximo às realidades locais, passando pelas bases das UCs e garantindo um acompanhamento minucioso da gestão participativa e da conservação ambiental. Newsletter ARPA: criando raízes O retorno da newsletter em 2024 marcou um importante reforço na comunicação do programa com seus parceiros e stakeholders. Compartilhando histórias inspiradoras das UCs e mantendo todos atualizados sobre os resultados alcançados, a newsletter consolidou-se como uma ponte entre o ARPA e os que apoiam essa missão pela conservação ambiental. A construção dessa newsletter só é possível graças ao apoio valioso dos gestores e pontos focais que compartilham conosco suas experiências e conquistas. Se você deseja contribuir com histórias, informações ou atualizações sobre as Unidades de Conservação, fique à vontade para nos enviar uma mensagem no canal de WhatsApp. Capacitações em Manaus: Fortalecendo nossas equipes Em maio, Manaus se tornou o centro de um curso de capacitação sobre os procedimentos do ARPA, reunindo oito pontos focais, 56 gestores e contemplando um total de 50 UCs, entre gestores de UCs e representantes de instituições parceiras, entre elas o FUNBIO. O treinamento prático focou no uso do sistema Cérebro, uma ferramenta essencial para a gestão das áreas protegidas. A vivência com dinâmicas e exercícios não só reforçou conhecimentos como estreitou laços entre os participantes, fortalecendo a gestão compartilhada das UCs. Diálogo e aperfeiçoamento: caminho para melhorias O Plano de Ação de Melhoria dos Mecanismos de Execução trouxe em 2024 um espaço aberto para escuta e colaboração. Reuniões regulares com as UCs que colaboraram com a pesquisa realizada pela UCP, durante o planejamento 2024/2025, permitiram ouvir sugestões e desafios, enquanto capacitações temáticas disponibilizadas para todo o programa contaram com massiva participação de gestores e pontos focais, reunindo um público de mais de 300 participantes atendidos nas reciclagens disponibilizadas. O plano já apresenta resultados, como a implementação de transferências bancárias e pagamento de boletos por meio do Cartão Pequenos Gastos (CPG). Outras ações estão em andamento e têm previsão de conclusão até o primeiro trimestre de 2025. Essas trocas foram essenciais para manter a evolução contínua do programa garantindo que os desafios fossem superados de forma colaborativa. Doadores no Salgado Paraense: Uma visão de proximidade Em agosto, o ARPA promoveu uma visita ao Núcleo de Gestão Integrada Salgado Paraense, e a 2ª reunião ordinária do Comitê do Fundo de Transição, responsável por decisões sobre os recursos do programa. O encontro reuniu doadores e membros do governo na Amazônia. A visita foi uma oportunidade para que os representantes das entidades doadoras acompanhassem de perto o trabalho dos gestores locais e avaliassem as ações desenvolvidas na região. As reuniões com comunitários e gestores locais ofereceram uma perspectiva real das conquistas e desafios enfrentados, fortalecendo ainda mais o elo entre quem apoia e quem vive diariamente a realidade das áreas protegidas.  Olhando para o futuro Iniciamos 2025 com a certeza de que cada passo dado foi essencial para fortalecer nossa missão. O compromisso com a conservação, a transparência e a participação ativa das comunidades são o alicerce que nos guia para conservar o futuro.  O ARPA – Áreas Protegidas da Amazônia é um projeto do Governo do Brasil, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e tem o FUNBIO como gestor e executor financeiro. É financiado com recursos de doadores internacionais e nacionais, entre eles o governo da Alemanha por meio do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW), o Global Environment Facility (GEF) por meio do Banco Mundial, a Fundação Gordon and Betty Moore, a AngloAmerican e o WWF.

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