i - processamento digital de imagens (seleção, composição sem nuvens, recorte da área de interesse) – que abrange todas as etapas de preparação e processamento das imagens; para que essas possam ser utilizadas de forma simultânea e em um mesmo ambiente computacional;
ii - classificação (segmentação, amostragem, modelagem e edição) – que é o processo de mapeamento em si; identificando nas imagens de satélite as classes de interesse para análise;
O Mapeamento das áreas ocupadas por manguezais na Baía de Guanabara estimou que esse ecossistema cobre uma área de aproximadamente 9.000 ha (cada hectare corresponde a 10.000 m2), dos quais cerca de 71% encontram-se inseridos nas três unidades de conservação estudadas:
APA Guapimirim – 4.651 hectares de manguezais
ESEC Guanabara – 1.652 hectares de manguezais
PNM Barão de Mauá – 87 hectares de manguezais
APA Guapimirim - 2.068.542,4
ESEC Guanabara - 734.631,7
PNM Barão de Mauá - 36.074,1
Categorização dos manguezais fluminenses segundo a resiliência à elevação do nível médio relativo mar, foi realizada através de uma hierarquia decisória, considerando primeiro a projeção da área entremarés disponível para o estabelecimento das florestas e, em seguida, a capacidade dessas florestas de manter e colonizar novas áreas.Os manguezais foram divididos em quatro classes de resiliência, conforme a porcentagem de manutenção de sua área original:
Baixa Resiliência: 0% a 49% da área original.
Média Resiliência: 50% a 79% da área original.
Alta Resiliência: 80% a 99% da área original.
Muito Alta Resiliência: 100% ou mais da área original, podendo incluir acréscimos.
Além das classes gerais de resiliência, os manguezais foram analisados segundo o grau de conservação, que foi subdividido em quatro categorias: muito ruim, ruim, bom e ótimo. Os resultados da classificação dos manguezais mapeados foram:
Baixa Resiliência: 24,5% dos manguezais (com variação nos graus de conservação).
Média Resiliência: 20,8% dos manguezais (com variação nos graus de conservação).
Alta Resiliência: 11,3% dos manguezais (com variação nos graus de conservação).
Muito Alta Resiliência: 43,4% dos manguezais (com variação nos graus de conservação).
A resiliência socioambiental das comunidades pesqueiras foi cruzada com a resiliência dos manguezais, resultando em quatro categorias de afetação:
Comunidades Pouco Afetadas
Comunidades Medianamente Afetadas
Comunidades Altamente Afetadas
Comunidades Criticamente Afetadas
A categorização considera que comunidades com alta dependência da pesca e sem fontes de renda alternativas enfrentam maior vulnerabilidade à perda de área de manguezal devido à acidificação, colocando em risco sua segurança alimentar e modos de vida tradicionais. Conclusão Assim, a categorização integra aspectos de resiliência dos manguezais e das comunidades, fornecendo um panorama sobre como as mudanças climáticas e a elevação do NMRM podem impactar tanto os ecossistemas quanto as populações que deles dependem.